Na semana passada, Lauri participou de uma videochamada com a revista britânica Rock Sound, onde ele conversou sobre o lançamento do novo single Bones, sobre o próximo álbum, os planos futuros da banda e sobre como manter a criatividade no lockdown por meio de sua série de covers e performances no "Bedroom Sessions". Confira abaixo a tradução da entrevista na íntegra e, no final do post, o vídeo completo! Entrevistador: Ei pessoal! James Wilson Taylor aqui, da Rock Sound, esta é uma das nossas últimas videochamadas que gravamos. Estamos conversando com bastante gente no momento, enquanto estamos todos meio presos em casa, e estou feliz em dizer que temos Lauri do The Rasmus na linha. Como você está, cara? Lauri: Bem! É bom estar na Finlândia. Entrevistador: Sim! Eu disse que estávamos presos em casa, mas você consegue sair por aí. Isso é lindo, me conta, onde você está agora? Lauri: Estou andando nas ruas de Helsinki, acabei de ter uma reunião com os caras da banda, nós estávamos planejando o próximo videoclipe e um monte de outras coisas. Tem sido uma semana ocupada lançando uma nova música, é legal, coisas estão começando a acontecer de novo. Eu tenho um bom pressentimento. Tem sido um ano terrível para todos nós. Entrevistador: Sim, a gente meio que começou o ano do mesmo jeito, né? Eu espero que você, sua família, seus amigos e seus colegas da banda estejam se mantendo seguros e sãos durante toda essa loucura. Mas, parece que foi um período produtivo para você, cara, você tem trabalhado em muitas coisas de casa, pelo que parece. Lauri: Sim, tivemos que reorganizar muito as coisas porque tínhamos o estúdio reservado, na verdade, íamos gravar na Inglaterra, estávamos agendados ano passado, desde o início de maio. Então, de repente, a COVID começou a acontecer e tudo foi cancelado, e ficamos numa situação ruim porque eu moro no Havaí, o baixista, Eero, mora na Austrália, o resto dos caras na Finlândia, e o produtor na Inglaterra. Então tínhamos caras de todo o mundo precisando se comunicar através de telefones ou telas de laptop e decidimos tipo, ok vamos tentar fazer o álbum assim, nas telas, e não foi muito fácil pensar em fazer isso. Demorou um pouco para superar a raiva e aceitar que isso era a única coisa que podíamos fazer além de desistir, então decidimos fazer dessa forma, estávamos em continentes diferentes trabalhando no novo material. Entrevistador: Ah, isso é bem legal. Esta situação horrível tem acontecido, mas pelo menos acontece nesta época em que temos tecnologia para manter as coisas funcionando. Como foi a adaptação para essa nova metodologia de trabalho para vocês? Foi difícil para vocês no começo ou foi fácil pra vocês? Lauri: Eu não gosto de falar ao telefone, principalmente por mensagens de texto, etc. Eu acredito no contato físico e na química que acontece quando estamos juntos. Na maioria das vezes, as melhores ideias aparecem depois do dia que passamos no estúdio, quando a gente sai pra beber ou jantar. É assim que as melhores ideias surgem, então eu fiquei um pouco preocupado no começo, quando tudo começou. Mas depois isso meio que virou o tema, ou conceito pro álbum, estar separado ou vivendo nesse mundo louco, onde tudo é muito instável e ninguém realmente sabe o que está acontecendo. Então nós conseguimos capturar isso no álbum, o que se tornou uma ferramenta para nossa inspiração e eu fiquei muito feliz com os resultados. A gente sempre compôs músicas muito melancólicas mas agora tem um “tempero” a mais (risos). Entrevistador: Faz total sentido, é música para a época que estamos vivendo. E falando nisso, sobre as gravações, o single acabou de ser lançado, parabéns, “Bones” está aí pro mundo ouvir. Conte-me um pouco sobre como foi compor essa música e por que você queria que ela fosse o primeiro gostinho dessa nova era / álbum? Lauri: Na verdade, foi a primeira música que completamos, então essa música nasceu de uma forma muito natural, meio que estava lá no início e eu acho que quando algo assim acontece, você não precisa forçar. Parece certo, se pensamos que esta é uma boa música para começar. É um tipo de som um pouco diferente ao que estamos acostumados e, bem, não sou a melhor pessoa para escolher os singles. Normalmente, eu escolheria algo realmente estranho, porque eu me apaixono pelos detalhes, que as pessoas em posições maiores (produtores, por exemplo), nem ouvem. Estou muito próximo da minha própria música, alguns de nossos amigos disseram que essa é uma boa música, eu gosto dela e soa meio que uma música tema de James Bond (risos). Entrevistador: Ela tem meio que essa pegada mesmo, eu peguei isso. Tem um pouco dessa pegada ali. E o quanto ela indica o tom do que está por vir? Sabe, eu não sei o quanto você quer revelar mas a gente sabe, é claro, que tem um álbum, e ele está chegando, claramente refletindo os temas mais amplos do mundo ao menos um pouco. Mas estamos no mesmo território musical do single, ou o que... O que você acha que quer revelar sobre o que está por vir? Lauri: Eu não quero falar demais sobre isso ainda, mas o álbum está chegando no ano que vem, então... Eles não esperam, mas o que é normal pra gente é que sempre exploramos um pouco, sabe, diferentes tipos de produções. Tentamos escutar as músicas e deixar que elas cresçam no seu próprio sentido, sem ficar com medo que elas todas, sabe, meio que soem parecidas. Como se elas tivessem vida própria. Então vai ter tipos diferentes de músicas, todo tipo de coisa. E agora a gente só está trabalhando em algumas das últimas faixas, e pode ser que a gente tenha algumas colabs e coisas do tipo, mas eu não quero falar muito disso ainda. Entrevistador: Bem, uma coisa que a gente pode falar sobre então. Sabemos que a turnê está chegando, a turnê foi anunciada e eu tenho certeza que, como qualquer outra banda sob o Sol, vocês devem estar absolutamente desesperados pra voltar aos palcos na frente das pessoas. Me conta um pouco, você deve estar pensando sobre como esse próximo show ao vivo vai ser pra vocês, né? Lauri: Sim, essa é a cereja do bolo, as turnês e apresentações, concertos... Eu acabei de perceber o quanto isso me faz falta, sabe, e esse último ano foi tipo sentar em casa e escrever músicas, o que é ótimo mas eu nem tinha certeza se a gente ia conseguir mesmo voltar a fazer turnê, e eu fiquei realmente deprimido pensando nisso. Então agora que algumas das datas foram liberadas eu me sinto bem, é no final de 2022, o que é daqui a bastante tempo, mas pelo menos é algo de concreto esperando a gente. Temos muitos outros dias vindo por aí e acabamos de ter uma reunião com a banda, temos todas essas ofertas chegando, as coisas estão só começando pra gente com esse álbum então é muito excitante. Mas já que não foi possível fazer as turnês e apresentações, eu comecei uma coisa... Comecei a fazer essas lives no meu quarto, as chamo de "Bedroom Sessions", no YouTube. Eu só toco versões cover de músicas que foram importantes pra mim em algum ponto da minha vida, ou que me fizeram o músico que eu sou hoje, ou algumas faixas do The Rasmus que eu gosto. Então isso foi tipo a coisa mais próxima que eu pude fazer, essas pequenas gravações, e tem sido muito divertido. Eu acabei de começar, faz uns dois meses, mas é quase uma terapia pra mim e eu posso fazer em qualquer lugar, sabe? Estou na Finlândia agora, eu visitei a minha casa de campo e fiz um vídeo lá, a natureza me inspira muito. Tipo eu poderia fazer isso em turnê, no quarto do hotel, sabe, é bem divertido. Entrevistador: A última coisa que eu quero perguntar pra você é, falando de turnês e tudo mais, da última vez que vimos vocês aqui no Reino Unido foi na turnê de aniversário do Dead Letters. Foi um grande momento e eu acho que assim como a música está voltando e estamos ansiosos por esses novos shows, como você se vê nessa turnê? Porque parece... quer dizer, pareceu mesmo um momento real pra vocês particularmente no Reino Unido. Lauri: Sim, foi mesmo emocionante, sabe, aquele álbum é o álbum-chave da nossa carreira e foi muito divertido voltar para aquelas imagens e sentimentos. Eu via na plateia, sabe, as pessoas estavam vivendo aqueles dias de novo e é como um salto no tempo. Como uma máquina do tempo, voltar a 2004, 2003. Foi muito, muito legal e eu gostei muito. Eu também sempre gostei desse tipo de pensamento conceitual quando se trata de escrever música ou coisas do tipo, mas também funciona em uma situação ao vivo, sabe, voltar a uma era, pegar todas aquelas imagens de vídeo e, tipo... É muito, muito legal. Então eu espero fazer algo do tipo de novo no futuro, talvez daqui a 15 anos a gente possa fazer desse novo álbum, tipo voltar a ele, não sei. Entrevistador: Sim é uma área legal de se explorar, definitivamente funcionou muito bem. Bem, enquanto isso, parabéns pela nova música, estamos ansioso pra ouvir mais e saber mais detalhes, e é, ansiosos por todos esses shows da turnê e tudo mais. Desejo o melhor, aproveite a linda Helsinki onde você está agora. Lauri: Muito obrigado, foi bom conversar com você. Entrevistador: Obrigado a todos! Tradução: Amanda Benevides e Mariê Machado Postagem: Misael Beskow
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"Tudo o que nós passamos no último ano está resumido no álbum" - Lauri e Aki para Kaaos TV28/5/2021 No último dia 14 de maio, Lauri e Aki foram entrevistados pelo canal KaaosTV no YouTube, onde falaram mais detalhadamente sobre as inspirações para a composição do novo álbum e o lançamento do single Bones. Além disso, eles mencionam os planos para a turnê em 2022 e como a banda se organizou para realizar esse novo trabalho durante a situação difícil da pandemia. Abaixo segue a tradução da entrevista na íntegra, e no final do post está o vídeo ;D Entrevistador - Olá a todos! KaaosTv está hoje aqui no escritório da Supersong music e estamos aqui com Aki e Lauri do The Rasmus. Então, antes de tudo, olá pessoal e bem-vindos ao KaaosTv. Lauri - Obrigado. Bom te ver de novo! Aki - Sim, é bom te ver de novo, já se passaram, talvez, quatro anos? Entrevistador - Não, já se passaram apenas alguns anos, na verdade era 2019 quando nos falamos da última vez. Aki - É bom estar de volta! Entrevistador - Obviamente temos vivido tempos bastante interessantes recentemente, como tem sido esse ano para vocês? Lauri - Sim, tem sido difícil. Você sabe que temos todos esses planos, já havíamos reservado o estúdio em maio do ano passado. Estávamos indo para a Inglaterra para gravar o novo álbum e de repente o corona aconteceu. Na verdade, nosso último show foi na na Cidade do México em março do ano passado. Entrevistador - Logo antes dessa pandemia. Lauri - Sim, todos nós tínhamos planos do tipo, ok, agora vamos nos preparar para o estúdio, vou fazer essa boa produção e tudo mais e então tudo foi encerrado. E aí tivemos que repensar, como diabos vamos fazer isso agora? Nós vamos conseguir? E então decidimos tipo, ok, vamos tentar... vamos tentar trabalhar remotamente porque eu moro no Havaí e Eero, o baixista, mora na Austrália e Aki e Pauli moram na Finlândia. O produtor mora na Inglaterra e a gravadora está na Suécia, então é uma espécie de loucura. Então decidimos, ok, vamos tentar, vamos trabalhar remotamente e só conseguiremos nos ver na tela do celular ou laptop e foi tipo, isso é tão ruim, sabe? Estamos acostumados a ter essa interação na mesma sala e ter uma reação rápida às coisas, toda aquela energia e tudo mais, então, de repente, estamos com uma conexão ruim em um fuso horário diferente e tentando escrever um obra-prima, o que foi realmente difícil. Aki - Sim, acho que você disse que não vamos conseguir fazer isso, não vai ser bom. Ele estava gravando sozinho todos os vocais no Havaí e estávamos esperando o novo material vindo do Lauri. Ele nos enviou os novos vocais e nós meio que o pressionamos a fazer isso. No começo você estava tipo eu não sei, eu não vou fazer isso, é muito difícil ou algo assim, mas de repente ficou mais fácil ou de alguma forma você conseguiu. Lauri - Sim, acho que tomei o remédio certo (risos). Foi difícil e você sabe, quando você tem suas expectativas e tipo, eu recebo energia dos caras que eu conheçe, estando juntos, mesmo que seja só eu quem está cantando os vocais, eu sei que eles estão lá no estúdio ouvindo, mas se eu estou sozinho no Havaí e sei que nesse momento os caras estão dormindo na Europa, então eu me sinto tipo... Foda-se! Agora estou tão sozinho. Você não recebe aquele feedback instantâneo do que você está fazendo, então foi difícil no começo, mas de qualquer maneira, eu acho que nós meio que tentamos fazer disso um tema para o álbum, aquela distância e essa separação, e afinal foi uma coisa bela e emocional de se ter, porque nos conhecemos tão bem depois desses 25 anos tocando juntos, e ainda que seja fácil de manter contato, apesar de todos estarem longe de você, fomos capazes de seguir em frente e todos nós temos vivido em um ano muito difícil, todos nós. Então foi uma boa inspiração para nossa música melancólica. Aki - E também temos sorte de não ser uma banda nova, então nos conhecemos muito bem, o que tornou tudo mais fácil, quero dizer, não consigo imaginar uma nova banda nesta situação, morando em países diferentes, foi fácil para nós. Eu também estava gravando bateria aqui em Helsinque, no Atomic Bomb Studios, com Nina Lauren e o produtor na tela do celular ou notebook o tempo todo, mas eu meio que gostei, considerei um desafio, tocar faixas de bateria realmente boas e mostrá-las para os caras porque eu realmente acho que fiz um ótimo trabalho no estúdio e fiquei muito orgulhoso de mandar pra eles. Esta é a bateria do primeiro single e acho que os caras também gostaram, e também não houveram problemas no estúdio, tudo foi bem confortável e legal, eu fiz minha atmosfera lá como se fosse "dia de bateria", você sabe, eu estava realmente focando nas gravações. Lauri - Sim, eu meio que criei novos hábitos para entrar no clima e captar o sentimento. Eu moro no Havaí, é bem diferente, la é ensolarado e as pessoas falam de surfe e você ouve reggae por toda parte, tem churrascos e festas e... Entrevistador - E aí temos Corona no mundo todo, então é assim, meio misturado. Lauri - Eu sei, mas você sabe, é que não é o meu tipo de cenário. Gosto de estar lá, amo a natureza e tudo mais, mas queria trabalhar. Na verdade, tenho um pequeno espaço de trabalho, tenho um quarto minúsculo que estou alugando e eu ia lá basicamente no meio da noite, então fiz meu alarme tocar às 4:00 da noite, então como ainda é noite e eu ainda estou meio dormindo, vou para meu quarto escuro e começo a tocar neste tipo de "Twilight Zone" para entrar no clima certo, e meio que funcionou para mim, porque se eu apenas for à praia e fizer algo assim, não consigo escrever a música do The Rasmus. Eu tinha que gostar de criar essa atmosfera para mim mesmo. Aki - Mas para ser sincero, eu fiquei um pouco preocupado quando vi seu Instagram de todas as manhãs, tipo 4:00 da manhã, ele estava andando lá fora, eu estava tipo, oh meu Deus o que é que esse cara está fazendo? Fiquei preocupado com isso, ele explicou que tem acordado muito cedo e tem ido trabalhar de manhã. Eu estava tipo ok, isso é estranho, cara estranho, mas sabe? (Risos) Lauri - Uma parte disso foi porque eu conheci um cara que era meu amigo no Havaí e ele gosta de meditação, algo espiritual e ele estava me dizendo que acordava todas as noites às 4:00 para fazer a meditação e então voltava a dormir. É como os monges fazem, sabe? No mosteiro ou algo assim. Eles acordam muito cedo para fazerem algo. E eu pensei, oh, eu tenho que tentar isso e talvez funcione com a minha música ou algo assim, sabe? E realmente funciona. Entrevistador - Você acha que isso se refletiu no álbum de alguma forma? Lauri - Eu acho que sim, muito. E também, tudo é estranho, como no meu espaço de trabalho é nos fundos de uma sala industrial, então eu tinha que andar até lá e é meio assustador e silencioso, com ganchos pendurados no teto, e eu gosto de ir lá no meio da escuridão, sabe, no meio da noite e isso me deixa no clima certo para compor músicas. Entrevistador - Ok, falando sobre trabalhar com o produtor nessa época, foi uma experiência difícil? Ou vocês já conheciam o produtor antes? Aki - Antes de começarmos o processo de gravação, nós o conhecemos. Entrevistador - Ok então isso faz uma grande diferença. Aki - Sim, tínhamos um plano muito bom, como ele (Lauri) disse, fomos à Espanha duas vezes. Primeiro só com a banda e depois na segunda vez levamos o produtor conosco, então o conhecemos muito bem. Nós também íamos à sauna juntos, todos pelados, e nós cozinhamos para ele e ele cozinhou para nós, foi como se fosse uma viagem escolar divertida. Entrevistador - Sim, porque isso significa muito nestes tempos. Realmente conhecer o produtor e ele conhecer suas piadas e suas personalidades, caso contrário, será bem difícil. Aki - Com certeza, mas acho que esse cara odeia nossas piadas em vez de gostar delas (risos). Ele mora no Reino Unido, mas é originário da Dinamarca, então essas piadas escandinavas meio que são parecidas. Entrevistador - Então, falando sobre o próximo álbum, você o escreveu completamente durante essa época do Covid ou foi parcialmente escrito antes de toda essa tempestade chegar? Lauri - Parcialmente escrito antes, quer dizer, às vezes as ideias levam anos para se desenvolver e encontrar sua forma, mas a maioria das coisas foi definitivamente escrita no ano passado, especialmente as letras. Quase tudo foi escrito no ano passado durante esses tempos, então eu acho que pode ser lido muito nas entrelinhas, sabe, esse tipo de sentimento e desespero. Entrevistador - Então você sentiu que foi como se fosse uma sessão de terapia para você? Compondo este álbum, você sentiu uma espécie de fuga da realidade quando estava criando música? Lauri - Sim, definitivamente é importante, pelo menos para mim, não parar, em vez disso fazer coisas neste tipo de situação, porque não podemos ir para a estrada, não podemos fazer shows. Entrevistador - Então você pode facilmente se sentir triste estando em casa. Eu acho que é muito melhor fazer algo criativo do que apenas ficar em casa. Lauri - Sim, eu fiz muitas músicas além de música do The Rasmus, comecei meu canal de bedroom sessions no YouTube, tem sido divertido, eu quero me sentir próximo da experiência de tocar em um show ao vivo e isso é talvez o mais perto que eu posso chegar disso, então eu toco esse tipo de versão ao vivo de músicas que têm sido importantes na minha vida. Entrevistador - Então você pensa nelas muito antes ou é apenas como algo que você simplesmente decide que quer fazer isso e você faz? Lauri - Eu pensei sobre as músicas que eu gostaria de tocar, porque há músicas que são como a trilha sonora da minha vida de certa forma. Mas, eu só vou lá de madrugada e começo a praticar a música. Eu não sou um pianista muito bom ou algo assim, então eu mal consigo terminar a música e eu apenas gravo e depois lanço lá para que você tenha aquele sentimento de fragilidade com aquilo. Entrevistador - O sentimento original do rock. Lauri - Sim, tem sido divertido e também terapêutico fazer isso, são músicas dos Beatles ao Slayer e, claro, as músicas do The Rasmus. Eu fiz várias versões de músicas antigas do The Rasmus, então sim, esse é o meu pequeno hobby. Entrevistador - Então o primeiro single que vocês vão lançar na sexta se chama Bones, mas antes de falarmos sobre isso, vocês já tem um album finalizado, todo pronto ou ainda tem algumas coisas que vocês precisam adicionar? Aki - Bem, nós temos um monte de músicas prontas, mas também estamos trabalhando mais nas músicas agora. Mas eu acho que sim, acho que será concluído em breve. Mas é uma sensação fantástica, sabe, quando temos muitas músicas prontas e decidimos quais músicas vão para o álbum e quais vão estar no álbum. Entrevistador - Uma coisa boa dessa época de corona é que agora você tem tempo para pensar sobre as coisas e se você precisar escrever uma nova letra, no meio da música ou no meio do álbum, você pode fazer isso, mas é claro que também é perigoso. Porque é sempre assim que a gente pensa (em refazer)? Aki - Sim, "vamos fazer isso de novo". Lauri - Isso acontece. Se demorar muito, assim, é bom mas... Entrevistador - Você analisa demais. Lauri - É. E você faz outra coisa. É melhor tentar capturar esse momento e acho que agora estamos superando essa coisa de corona. Pelo menos agora parece estar melhor, então eu acho que tudo o que nós passamos no último ano está resumido no álbum e isto é um capítulo de livro do The Rasmus sabe, e então ir em frente e fazer outra coisa da próxima vez, pra tipo encerrar essa parte. Entrevistador - Então como eu já mencionei, a primeira música que será lançada na sexta se chama Bones, e vocês podem contar um pouco da faixa, é algo que foi finalizado como a primeira música do álbum, ou há algum significado mais forte por trás da faixa? Lauri - Bom, essa música fala sobre karma, e eu mencionei mais cedo que eu conheci um cara que é tipo espiritual e ele me levou a esses tipos de pensamentos, pensamentos profundos sobre karma e todo esse tipo de coisas como busca pessoal e esse tipo de coisa, eu tive muito, talvez muito tempo para entrar nos meus pensamentos no último ano e o karma é uma coisa interessante, eu acredito nisso tanto, tipo, qualquer coisa que você faça na sua vida tem um significado, e se eu olho pra trás na nossa carreira e penso em todas as decisões que tomamos e as coisas e fizemos, tudo teve alguns efeitos em muitas coisas, sabe, na vida de muitas pessoas, como na de muitos dos nossos fãs. Entrevistador - Eu acho que vocês ouvem bastante essas histórias quando estão na estrada. Lauri - Sim, talvez isso vá mais para o lado do destino, mas enfim, apenas pensando nesses pensamentos profundos e karma é um deles, então eu realmente senti que era uma boa combinação com as melodias e essa música veio muito facilmente ,e é sempre um bom sinal, você não precisa se esforçar ou pensar muito, soa praticamente pronta quando nasceu. Aki - E eu acho que foi uma das primeiras faixas que nós terminamos. Entrevistador - Okay, e isso foi te dando uma orientação para onde seguir. Aki - Sim, uma dessas músicas chave como dizemos. Lauri - É difícil escolher o single, eu nunca quero fazer isso. Entrevistador - São todos seus bebês. Lauri - Sim, meus bebês. Entrevistador - Você tem que escolher um. Aki - Você se apaixona por eles por diferentes razões, eu quero dizer, você pode se apaixonar pelo som ou por um pedaço da letra, ou outra coisa, é realmente difícil, e eu acho que como banda nós somos muito ruins escolhendo os singles e eu sempre voto na errada ou algo que eu não sei. Lauri - Sim, eu digo, quando foi hora de escolher por exemplo In The Shadows ou outra coisa, eu não escolhi aquela, eu escolhi outra coisa. Aki - Então, eu votei em Guilty. Lauri - Eu também! Lauri - E eu fiquei tipo ok, eu acho que foi uma boa escolha, sabe, alguém disse “não não caras, essa é A música” então, ok, tanto faz. Entrevistador - Você alguma vez duvidou do que outras pessoas diziam a vocês. Lauri - Bem, é bom ter uma opinião de fora. Aki - Por sorte temos pessoas em quem confiamos sabe, entre nós. Lauri - Sim. Entrevistador - Pessoas que sabem a história toda da banda. Lauri - Sim, da gravadora, temos um cara que estava conosco há 20 anos atrás, mais de 20 anos atrás, então nós confiamos nele completamente com esse tipo de coisa, quando o álbum está pronto é divertido dá-lo a outra pessoa com audição fresca. Entrevistador - Escutar as cegas seu próprio material, então eu acho que essa é uma das razões de ser tão difícil de escolher um single. Lauri - E uma coisa, já não falando do álbum, nós tocamos para muitas pessoas diferentes, muitas pessoas tem favoritos diferentes, então não é somente uma música que todo mundo fala “oh, essa é A música”, e é interessante, eu acho que é um bom sinal, eu espero. Entrevistador - Sim, claro porque se as pessoas têm opiniões diferentes é sempre bom, nunca é bom se todo mundo acha que as mesmas faixas são as melhores. Aki - Muitas bandas focam somente nos singles, eu acho que é uma coisa muito positiva que nós tenhamos uma variedade de músicas e as pessoas escrevam as suas favoritas e isso se espalhou, e isso fez um álbum forte. Entrevistador - O álbum inteiro é forte. Aki - Absolutamente. Lauri - É realmente bom pensar em álbuns, nós somos uma banda à moda antiga nesse sentido, nós gostamos de criar como conceitos e nós temos tudo em volta do mesmo tema quando o álbum sai, é ótimo, funciona e também é uma boa ferramenta pra escrever algo, pois quando você decide “okay, é isso”, como nós tivemos o nome do álbum que eu não vou falar agora, mas nós tivemos isso numa etapa muito cedo, então é bom nós termos todas essas peças e estão começando a se juntar nas nossas mentes, tipo, sobre o que é, e aí você começa a escrever, então começa a ter mais significado. Aki - É bom fazer em frames ou um storyboard para o álbum também, então nós temos um título e daí algumas fotos ali e algumas demos ali, então de repente nós todos vemos claramente e temos a mesma visão e o mesmo objetivo que estamos tentando alcançar. Entrevistador - Então ali há pelo menos um pequeno conceito por trás do álbum. Lauri - Sim, há, mas agora eu acho que nós focamos na primeira faixa e devagar revelamos o álbum no próximo ano quando for a hora de lançar. Entrevistador - Então obviamente, o próximo grande evento, esperamos que para todos nós, será quando vocês irão fazer um show em agosto. Aki - Ainda está no calendário. Entrevistador - Sim, ainda está no calendário, e eu pelo menos estou esperançoso que aconteça afinal, então o quanto vocês estão esperando pra voltar aos palcos de novo e fazer um show. Aki - Bem, eu acho que pelo menos pra mim é o motivo pelo qual eu faço isso, eu realmente amo estar em turnê e tocar nos shows e com esses caras é uma sensação incrível, é algo que você não pode obter em nenhum outro lugar, é simplesmente aquele momento, com todos os erros e todas as coisas divertidas e tudo aquilo, sabe, é simplesmente incrível, eu tenho pensado muito nisso, diariamente, no último ano. Entrevistador - Todos os alienígenas viciados chegando lá e tendo seus picos de adrenalina. Aki - Então, eu aproveito mais do que falando com os jornalistas, e é uma parte da minha vida, grande parte do meu estilo de vida, eu realmente curto, eu sinto falta, pra ser honesto. Lauri - Da última vez nós tocamos no México, mais de um ano atrás foi último show, então eu percebi “Oh meu Deus nós precisamos começar a praticar logo. Aki - Isso é bem verdade. Lauri - Nós assumimos. Aki - Nós estamos nos perguntando ontem “nós devemos ir a sala de ensaios?”. Lauri - Agora é um momento raro, o Eero chega hoje, acho que hoje mais tarde, então nós estamos todos no mesmo país, na verdade foi bem difícil trazer o Eero aqui, ele mora na Austrália. Entrevistador - E eles são muito estritos. Lauri - Eles são super estritos, houveram todas essas cartas de todos explicando porque precisamos dele aqui, eles não liberaram ele facilmente. Aki - Não são somente regras, são leis. Lauri - Então pra mim foi muito fácil do Havaí pra cá, eu só tive que preencher muitos formulários, fazer testes e essas coisas. Eero está vindo esta noite então agora é bem legal nós podemos nos reunir em alguns dias depois que ele sair da quarentena e ficar a par das notícias. Entrevistador - Sim, claro. Então obviamente como nós já mencionamos, se passou um ano, quase um ano e meio desde os ultimo shows propriamente ditos, então se vocês pudessem ver qualquer banda fazendo um show, qual banda vocês gostariam de ver depois dessa pandemia e porque? Aki - Tem algo em mente? Lauri - Nós justamente falamos de Red Hot Chilli Peppers, antes disso, e essa é uma das bandas que nos influenciaram, especialmente no começo, eles parecem sempre se divertir no palco. Entrevistador - Com certeza sim. Lauri - Eu sinto que, qualquer banda, não importa, tipo o Evanescence está fazendo uma grande turnê, eu acho que esse ano. Eu acho que as pessoas estão tão desesperadas pra ver alguns shows, então você não precisa nem ser o maior fã, é somente “eu só vou lá e me divertir nos shows” sabe, quando as portas abrem as pessoas ficam loucas. Entrevistador - Sim claro. E quanto a você (Aki), tem alguma banda em mente? Aki - Bem, Red Hot Chilli Peppers é realmente uma boa escolha porque eles não tem uma faixa de fundo, eles só sentem a música e tocam o que querem, eles improvisam, é muito louco. Entrevistador - 100% rock. Aki - Sim, mas eu estava assistindo alguns clipes do Coldplay, e eu acho que eles realmente sabem como se desenvolver e manter isso, eu digo, eles estão desenvolvendo o seu som, como se diz, um quebra cabeças num padrão, eles realmente criam algo novo todo o tempo, e eu acho que é uma das bandas que eu gostaria de ver, pois como eles tocam “Yellow” que é baseado na banda e como eles mudam um set para quase um set de dj no palco, isso seria realmente interessante de ver, então eu escolheria Coldplay. Entrevistador - Então, antes de encerrarmos eu quero perguntar a vocês um pouco sobre o futuro, como vocês o vêem, tem a próxima primeira turnê propriamente dita, vocês vão fazê-la no próximo ano em outubro. Lauri - Nós divulgamos as datas da turnê, haverão mais datas chegando, em therasmus.com você pode conferir os shows e será uma certa espera, por que será no final de 2022, então é mais de 1 ano esperando até a turnê começar, mas a razão para isso é que nós estamos viajando de um país para o outro basicamente durante toda a noite, então será muito difícil se nós precisarmos de três dias de quarentena entre cada show. Entrevistador - Sim, restrições de fronteiras. Lauri - Isso é basicamente impossível, então nós precisamos esperar até que as coisas melhorem um pouco. Nós temos muitos fãs na América Latina, e infelizmente no momento a situação lá está grave, por exemplo no Brasil, e parece bem ruim, eles estão tendo um momento difícil, eu deixo meus desejos que tudo melhore em breve, mas nós temos que adiar um pouco. Entrevistador - Sim, esperar que esteja seguro para os fãs. Lauri - Sim, porque se nós dissermos que vamos fazer esse ano e tivermos que mudar, não seria justo. Aki - Claro que nós esperamos adicionar muito mais shows, mas vamos ver como as coisas se desenvolvem, eu realmente espero que tudo abra em breve e nós possamos ser livres novamente. Entrevistador - Acho que isso é o que todos nós esperamos. Então muito obrigado pela conversa e desejo o melhor para o futuro. Há algo que vocês gostariam de dizer, as últimas palavras para todos os fãs ao redor do mundo assistindo isso mais tarde? Lauri - Bem, nós sentimos muito a falta de todos vocês, confiram a nova música, Bones, e haverão mais vindo em breve, confiram o Instagram do The Rasmus e therasmus.com, esses são os lugares para shows e tudo mais e todas as informações. Fiquem bem e saudáveis. Aki - Vemos vocês em breve! Tradução: Amanda Benevides e Jacqueline Costa Postado por: Misael Beskow "Karma pode ser bom e ruim: tudo o que vai, volta. é um velho clássico!" - Lauri para iltalehti.fi14/5/2021 O site iltalehti.fi publicou uma matéria muito legal com o Lauri, onde ele fala um pouco sobre a sua vida em família no Havaí e sobre o processo de gravação do novo álbum durante a pandemia. Abaixo segue a tradução do artigo na íntegra. Créditos ao The Rasmus International pela divulgação da matéria e pela tradução finlandês-inglês! Esta é a vida havaiana cotidiana de Lauri Ylönen com sua amada Katriina e seu filho - ele acorda às quatro da manhã e sai pela porta. Lauri mudou-se para o Havaí há alguns anos. Agora ele fala sobre como é a vida cotidiana em uma ilha paradisíaca e como é fazer música lá. Nas primeiras horas da manhã, a casa está silenciosa. Os outros ainda estão dormindo quando Lauri Ylönen, 42 anos, sai da cama e pula porta afora. A poucos passos de distância há uma sala de trabalho - uma cabine adequadamente sombria - onde ele se senta a uma mesa para criar música. Às vezes, as horas da manhã são produtivas; às vezes ele apenas fica mordendo os lábios. De qualquer maneira, o café é louvadamente consumido. Por volta das onze horas, as obras foram embaladas e a porta se fecha atrás do artista. É hora de andar de skate com o filho Oliver, de três anos. A vida havaiana é pacífica, voltada para a família e animada. Afinal, o local é o berço da famosa sabedoria Huna. Vida paradisíaca A ilha natal de O’ahu vibra com uma atmosfera relaxante da vida na ilha. Ylönen se apaixonou pelo Havaí depois de visitá-lo pela primeira vez há 14 anos. Naquela época, era sobre mochilar com um cara. No próximo verão, fará dois anos da mudança para o paraíso. Antes disso, Lauri Ylönen vendeu uma luxuosa casa em Sipoo por 2,2 milhões de euros, onde originalmente deveria morar com sua amada Katriina. O casal viajou há três anos em férias para O’ahu - isso deu origem a uma mudança completa e espontânea na vida deles. - "Pensamos que poderíamos morar lá. Arrumamos nossas coisas e partimos. Esta é uma aventura - não tenho explicação melhor!" Lauri Ylönen comprou uma casa para a família em uma torre na praia. A casa fica em uma área moderna e em crescimento, a uma distância conveniente do centro turístico. - "É mais agradável do que Los Angeles. O Havaí tem muitas famílias fazendo churrasco, tocando reggae e pessoas surfando. Se falamos sobre o clima em Los Angeles, falamos sobre o clima do surf no Havaí", compara Lauri, que morava na Califórnia há algum tempo. A natureza é robusta e bela - já foram feitas longas caminhadas até a praia e a orla das crateras. Há um sorriso na voz do músico. Ao mesmo tempo, entretanto, ele admite que tem sido difícil entrar em sintonia com um estado de espírito criativo na pressão cruzada da vida com uma criança pequena e o ano com o coronavírus. - "É por isso que esse escritório escuro é importante para mim. Se você trocar fraldas e tentar fazer algo para um futuro clássico, então não é fácil", ele aponta. - "O Havaí também é muito longe, do outro lado do mundo em relação à Finlândia, e com seu surfe não é inteiramente um cenário para nós. Tem sido difícil encontrar uma alma gêmea e eu sinto falta dos companheiros de banda". O poder da música Os biorritmos de Lauri Ylönen no ano do coronavírus estavam completamente confusos. Quando o álbum começou a ser feito remotamente, foi demais para um homem com um vínculo tão antigo. Afinal, é uma forma especial de fazer música, já que os membros da banda estão em três continentes diferentes. - "Tem sido muito pesado mentalmente quando tudo é incerto", o músico descreve seus sentimentos. - "Eu rapidamente percebi que não vale a pena começar a chorar. Encontramos um software por meio do qual podemos fazer música de diferentes fusos horários ao mesmo tempo", diz Ylönen. The Rasmus está se preparando para o seu 10º álbum de estúdio, a ser lançado no próximo ano. O primeiro single após um hiato de quatro anos se chama Bones, e fala sobre aprender com o Karma. O tema sempre esteve na mente de Ylönen durante o ano passado. - "Tenho pensado no que conquistei na vida e como isso afetou as pessoas ao meu redor. Karma pode ser bom e ruim: tudo o que vai, volta. É um velho clássico!", pondera Lauri Ylönen. Ele diz que pensou muito sobre seus pais aposentados e a selvagem passagem do tempo. - "Sinto como se estivesse olhando para o meu pai tempos atrás, quando ele fez 40 anos, e me perguntando se ele era um cara velho. Aqui estou eu na mesma situação!" - "Meu pai é uma pessoa extremamente positiva. Muitas vezes me perguntei se ainda teria pelo menos metade dessa alegria quando chegasse nos meus setenta anos. Mesmo que tudo acabe hoje, ficaria muito grato por isso". Um alívio para o momento tem sido fazer canções para o canal do Youtube chamado Bedroom Sessions, de sucessos do The Rasmus a vários covers. Verão na Finlândia O tempo mais maravilhoso foi passado com a família no Havaí. - "Ando de skate todos os dias com meu filho Oliver, ele puxa um kickboard e eu puxo um skate atrás dele. Todas as noites vamos assistir ao pôr do sol na praia". Também fez Ylönen pensar sobre seus valores na vida. - "No Havaí, a família desempenha um papel maior. Vamos ficar mais juntos. Satisfeito com menos popularidade e menor nível de renda, mas estando com a família. Tem sido instrutivo o que é mais importante nesta vida. É sobre se você pesa milhões em uma conta ou se passa tempo com sua família". No entanto, ele teve que se despedir de seus familiares por um tempo. As praias e palmeiras do Havaí agora deram lugar para a agitação de Helsinki. Lauri Ylönen diz que veio para a Finlândia no verão para fazer música. Ao mesmo tempo, ele se aproxima do filho Julius, de 13 anos. - "Vim em viagem de negócios, mas procuro ver meu filho Julius o máximo possível. Por causa do coronavírus, tivemos que nos separar por muito tempo. Foi uma coisa terrivelmente pesada. Agora é maravilhoso poder passar algum tempo com ele", planeja Lauri. Tradução e postagem: Misael Beskow
Lauri lançou nesta sexta-feira (07/08) um novo single solo chamado "A New Day", junto com um lyric video. O single foi produzido por Lester Mendez, um produtor renomado que já trabalhou com Shakira, Jessica Simpson, Nelly Furtado, Carlos Santana, Macy Gray e Enrique Iglesias.
Lauri disse em uma entrevista que escreveu este single para um outro artista (Adam Lambert), mas acabou lançando a canção ele mesmo.
"Este ano na América tem sido a melhor coisa desde há muito tempo. Ganhei novas perspectivas e dimensões, tanto na música quanto na minha vida pessoal. Me apaixonei tanto por essa canção que tive de lançá-la" - disse Lauri em entrevista ao mtv.fi.
Abaixo você encontra o lyric video de "A New Day":
Lauri esteve ontem em várias estações de rádio para divulgar o lançamento do novo single. Abaixo você pode conferir os links das entrevistas originais (em finlandês): - voice.fi (você pode votar na canção clicando em "Kyllä" = boa canção) - YleX - mtv.fi - Radio Aalto - Suomipop (alguns vídeos) Aqui a entrevista no YleX traduzida para o inglês (Créditos: Sharazan Finland): E aqui estão algumas fotos das entrevistas:
Fonte e créditos: The Rasmus Music
Postado por Misael Beskow, em 07 de agosto de 2015 Foi divulgado hoje o terceiro single do novo álbum solo do Lauri, cujo lançamento foi adiado para a primavera de 2014. A canção é intitulada "My House" e, ao contrário do single anterior, ela foi lançada sob o nome de Lauri e não Amanda. "My House" será apresentada ao vivo pela primeira vez durante a final da edição finlandesa do programa Ídolos, onde Lauri é um dos jurados, que será realizada no dia 19 de dezembro. Abaixo está o videoclipe da canção: Fonte: The Rasmus Hellofasite No último domingo o The Rasmus fez seu último show do ano em Vladivostok, na Rússia. Após a apresentação, Lauri e Eero deram uma entrevista para o site newsvl.ru. Abaixo está a tradução da entrevista (agradecimentos ao The Rasmus Germany pela tradução para o inglês). Lauri, você chegou em Vladivostok ontem. Vocês já puderam dar um passeio?
- Lauri: "Sim, esta é a primeira das 14 cidades nos últimos 25 dias em que vimos o sol. Ontem demos uma caminhada, andamos no cais, encontramos alguns fãs e conversamos com eles. Esta manhã, antes do show, demos outro passeio pela cidade. Todo mundo adorou, é um belo lugar! Visitar a sua cidade foi o final perfeito para a nossa turnê, simplesmente incrível". Eu sei que um de seus hobbies é a arquitetura. Havia alguma coisa interessante para ver em Vladivostok? - Lauri: "Eu gostei das pontes aqui, elas são maravilhosas". Gostaríamos de saber: o que influenciou seus gostos musicais no passado? - Eero: "Eu conheci Lauri quando tinha nove anos de idade. Ouvíamos rock, Metallica, Nirvana e assim por diante". Vocês estão no show business há um longo tempo. O que os ajudou a conquistar um espaço no rock na Finlândia e no mundo, em geral? - Lauri: "Nós éramos jovens, loucos e ingênuos. Entendemos que somente os sentimentos e emoções nos ajudariam a alcançar o que queríamos. Tínhamos um plano claro desde o início, de que faríamos o que tivéssemos vontade. Nós queríamos escrever músicas, estávamos confiantes de que iríamos alcançar o objetivo final". Então, a auto-confiança é a chave para o sucesso? - Lauri: "Sim, acho que sim". Uma última pergunta: como vocês escolhem as músicas para o setlist? - Lauri: "Depois de termos feito mais de 2000 shows, nós descobrimos quais canções são mais populares. Temos uma sensação sobre isso, e podemos dizer qual canção se encaixa melhor no início do show, e qual é melhor para o final". Aqui algumas fotos da entrevista e do show em Vladivostok: The Rasmus chegou hoje a Khabarovsk para mais um show da turnê russa. No hotel a banda participou de uma coletiva de imprensa com jornalistas, e uma pequena parte da entrevista já está publicada nos sites settv.ru e dvnovosti.ru. Abaixo está disponível a tradução (agradecimentos ao The Rasmus Germany pela tradução para o inglês). Os membros do The Rasmus responderam às perguntas dos jornalistas e falaram sobre os planos futuros da banda. Eles também manifestaram o desejo de trabalhar em conjunto com o músico russo Eduard Uspensky. Lauri ficou chocado com a massa de jornalistas e disse: "Uau quantas pessoas!". - "Nós já estamos pensando em como comemorar o 20º aniversário da banda. Claro que seria bom celebrar esta data especial na Rússia. Mas nada está planejado ainda. Em cada cidade nós tocamos uma canção russa e cada vez é um pouco diferente. 'Cheburashka' é a nossa canção favorita", diz Lauri Ylönen. O baixista Eero Heinonen fala do encontro com alguns estudantes amanhã (sessão de meditação). - "Eu não sei exatamente o que vamos falar amanhã. Mas seria bom ouvir o que as pessoas pensam sobre a vida. Eu quero falar sobre yoga, meditação e uma vida saudável também", diz Eero Heinonen. Os membros do The Rasmus chamam a si mesmos de músicos de rock que já tentaram vários gêneros. No momento, eles fazem música pop rock. A banda já está planejando lançar um novo álbum. Mas eles não podem dizer que tipo de gênero musical irão fazer a seguir. - "Nós gostaríamos de gravar canções com artistas russos. Nós amamos as 'meninas quentes do t.A.T.u.' e gostaríamos de trabalhar com elas. Mas podemos imaginar uma colaboração com Eduard Uspensky também. Ele é um dos nossos compositores favoritos, nós crescemos com a sua música", diz Lauri Ylönen. The Rasmus gostou da capital da região. Eles compararam a cidade a Barcelona. - "Khabarovsk tem muitos morros pequenos, lembra-nos Barcelona. Nosso primeiro pensamento foi que parece muito asiática, mas ainda estamos na Rússia". A banda prometeu cantar o hino não-oficial de Khabarovsk amanhã no seu show. Fonte: The Rasmus Germany
Postado por Misael Beskow, em 10 de outubro de 2013 Abaixo está a tradução de uma entrevista realizada com o The Rasmus pelo site i-gency.ru, durante a passagem da banda por Moscou nesta sexta-feira. Entre outras coisas, eles falam um pouco sobre música, álcool e seus lugares favoritos. E neste último quesito, para nossa grata surpresa, Pauli cita uma cidade brasileira. Confira! Agora a banda finlandesa The Rasmus está sob as luzes no palco do Moscow Live Music Hall. Nós tivemos a sorte de pegar os caras antes do show e falar um pouco sobre música, yoga e tiro com arco. Primeiro "capturamos" o baixista Eero Heinonen, a quem já tínhamos entrevistado no canal de TV "Friday", obrigando o músico a ler um poema e dizer "sintonize na Friday", em um programa que Eero participou mas que já foi extinto. E agora ele estava pacientemente pronto para as nossas perguntas. Na Rússia, o álcool e inspiração: "Nós estivemos aqui muitas vezes, e todas as nossas memórias são principalmente agradáveis. A Rússia é nossa vizinha, nós temos muito em comum: a cozinha, por exemplo. E os russos e os finlandeses gostam de beber, mas isso não é algo de que eu me orgulhe do nosso país. Isso cria uma série de problemas. Eu mesmo não bebo desde os 19 anos. O momento de parar veio quando eu percebi que aquilo não era para mim, que eu tinha que buscar inspiração e força em outro lugar. A música, dança, e conversar com pessoas agradáveis é o que me inspira hoje". No peito de Eero não poderíamos deixar de notar o pingente com a imagem de mulheres hindus. Descobrimos que é um retrato de Shri Mataji Nirmala Devi - instrutora de meditação e Sahaja Yoga que, infelizmente, já faleceu. "A prática (da meditação) tem me dado muitas coisas", - diz Eero. Sobre lugares favoritos no mundo: "Neste verão eu estive em Sevastopol. Meus amigos me levaram para uma casa de campo às margens do Mar Negro. Este é um lugar encantador, muito impressionante. Tem umas rochas enormes, mar quente, as pessoas são muito agradáveis. Eu ainda amo a Itália - eu vivi lá por dois anos. Eles fazem um ótimo café! E, claro, Helsinki, onde eu moro". A suas preferências musicais: "Recentemente tenho escutado muitas coisas do Bruce Springsteen, seus antigos hits. Tem um pianista de jazz, Brad Meldou, ele é de Nova York - ouça-o. E mais um francês com uma canção sobre Elysian Fields" ('Joe Dassin?' - perguntou, e nós dissemos que suas músicas são conhecidas de cor na Rússia e, em seguida, Eero nos fez cantar e provar que este é realmente o caso). A mulher ideal: "Eu amo as mulheres confiantes e com senso de humor. Mas a coisa mais importante é que ela ame as pessoas, que seja capaz de ter compaixão" (nós descobrimos que já existe uma mulher na vida de Eero). Sobre guitarristas favoritos: "Gosto da maneira como Jimmy Hendrix tocava. Amo o guitarrista do Rage Against the Machine. E Kurt Cobain, é claro". Agradecemos ao Eero pelo tempo que ele nos deu e fomos em busca do guitarrista Pauli Rantasalmi. - Por que você acha que é tão amado na Rússia? "Eu não sei, talvez o fato de que os grandes corações russos estejam ligados à nossa música? Ah, se eu soubesse o segredo, seríamos populares em todos os países do mundo". - Você vive em Cingapura? Como isso aconteceu? "Isso é pessoal, eu prefiro não discutir isso". - De todos os lugares onde você esteve em turnê, qual é o mais memorável? "Estes três locais: Rio de Janeiro - eu amo aquele lugar assim (faz um movimento ondulatório com as mãos, provavelmente se referindo ao Pão de Açúcar), Cidade do Cabo e Vladivostok. Talvez porque na Finlândia a paisagem seja muito plana". - Que músicas você está ouvindo agora durante a turnê? "Parece estranho, mas eu estou escutando apenas o meu som agora. Eu tenho um computador novo e ainda não tive tempo para baixar músicas nele". - Você já teve a experiência de trabalhar com outros músicos (Apocalyptica, por exemplo). Há algum plano para tentar algo incomum, por exemplo, a colaboração com o coro da igreja russa? "Não tínhamos tais planos, mas agora eu estou pensando (risos). Mas, sinceramente, nós planejamos descansar um pouco depois dessa turnê". - Seu filho ouve The Rasmus? "Meu filho está com medo dos nossos vídeos. Melhor ele assistir ao Justin Bieber". - Conte-nos sobre seus hobbies, por favor. Eero está interessado em yoga, e você? "Eu estou interessado no tiro com arco tradicional, mas é apenas um esporte, não para matar animais. Esta atividade é incrível, 'limpa' sua mente - não penso sobre a música, nem em negócios". - Você coleciona arcos? "Sim, tenho uma pequena coleção". - De todos que já trabalharam com você, nós ouvimos dizer que você é muito simples. Como você consegue se manter assim, dada a sua popularidade? "Por que eu preciso ser uma 'estrela'? No entanto, eu posso não ser muito agradável, mas é só quando invadem meu espaço privado. Ontem, por exemplo, um fã me seguiu até o banheiro. Ficou de pé ao lado, esperando eu sair da cabine. E então ele disse: 'Posso tirar uma foto com você?'. Normalmente eu não nego, mas aquilo foi muito estranho, então eu recusei". - E aqui está a sua tatuagem, isso significa alguma coisa? "Eu não gosto de tatuagens. Mas naquele momento eu fiz essa (a palavra 'Dynasty' no braço), minhas canções sairam no topo das paradas finlandesas. Eu queria imortalizar aquele momento". Infelizmente o vocalista Lauri Ylönen teve tempo de tirar apenas algumas fotos, mas nós tivemos que perguntar a ele sobre as penas - se ele imita Johnny Depp e seus personagens Jack Sparrow e índio Tonto, ao que Lauri respondeu que é exatamente o contrário. Texto: Helena Murin, Alexandra Gurkova
Fotos: Sergei Kalashnikov Tradução russo-português: Lucy Tyska e Misael Beskow (Agradecimentos ao Live Promises The Rasmus Argentina por compartilhar o link da entrevista) Fonte: i-gency.ru Postado por Misael Beskow, em 21 de setembro de 2013 Aqui há uma breve entrevista com o Lauri para o canal "Fashion Police" do site seiska.fi, realizada durante as gravações do programa Ídolos em Tampere, na Finlândia. Agradecimentos à página The Rasmus; Someone's gonna translate you up no Facebook pela tradução da entrevista para o inglês! Entrevistadora: Você está vestindo roupas realmente interessantes agora, você poderia falar um pouco sobre o seu estilo? Lauri: Roupas interessantes? Entrevistadora: Sim. Lauri: Uma camisa branca simples e jeans. Entrevistadora: Calça jeans. Lauri: Eu os consegui em Los Angeles. Entrevistadora: Certo. Quando você esteve lá? Lauri: Há alguns meses filmando um videoclipe, estou lançando meu segundo álbum solo. Tem a ver com isso. Minhas botas são como, hum, calçados militares alemães. Isto é o tanto de militar que eu posso ser. Eu nunca fui para o exército também, mas eu tenho os sapatos. Entrevistadora: Quando você vai para o exército, então? Lauri: Eu acho que não me deixariam ir mais. Opa, já foi. O que é uma chatice. Entrevistadora: Droga! Lauri: Droga. Fonte: seiska.fi
Postado por Misael Beskow, em 28 de agosto de 2013 Conforme anunciado anteriormente, hoje foi lançado o novo single de Amanda - a banda que representa o projeto solo de Lauri - intitulado "My Favorite Drug", que pode ser comprado em versão digital no site mtv3.fi. O videoclipe para o single, dirigido por Eero, foi lançado hoje também e pode ser visto no novo canal do YouTube da banda: www.youtube.com/amandamusicofficial. Com o novo canal no YouTube, também foi criada uma nova página oficial no Facebook da banda Amanda: www.facebook.com/amandabiatch. Quanto ao outro videoclipe dirigido pelo diretor Owe Lingvall (além do single "She's A Bomb"), que foi filmado em Los Angeles e nas Ilhas Canárias entre março e abril, o diretor anunciou que o vídeo provavelmente será publicado quando o álbum for lançado, então no início de 2014. Confira abaixo o videoclipe de My Favorite Drug: |
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